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A CORRUPÇÃO NA ÓTICA ESPIRITUAL  - UMA VISÃO ESPÍRITA

A CORRUPÇÃO NA ÓTICA ESPIRITUAL - UMA VISÃO ESPÍRITA

Corrupção, estudo Espírita

A CORRUPÇÃO NA ÓTICA ESPIRITUAL

Luciano Grisolia Minozzo – SP

Washington Fernandes - SP
 
Os meios de comunicações ultimamente têm noticiado uma avalanche de notícias sobre a corrupção que assola o governo brasileiro e as empresas estatais.  As notícias são sempre deprimentes e chocantes.

No afã de ganhar a atenção do público e milhares de reais pela propaganda, a imprensa tem raros programas educativos.

Sobre este tipo de veiculação, asseverou o Espírito Victor Hugo pelo médium Divaldo Franco [1]:  (...) todo escândalo sempre atrai os caçadores de misérias humanas, à semelhança dos cadáveres que são consumidos pelos vibriões. A respeito da Imprensa marrom ele escreveu: (...) essa que se encarrega de escancarar as misérias alheias aos olhos públicos e que vive no charco da inferioridade social.

Muitas vezes a Imprensa percebe que pode aproveitar-se da situação, divulgando seu periódico ou o nome do jornalista. Asseveram alguns que isto é democracia e que as chagas sociais precisam ser divulgadas !...

Não somos contra a veiculação dessas notícias. Apenas achamos oportuno lembrar o que disseram os Espíritos a Allan Kardec, na questão 932 de O Livro dos Espíritos [2]. Por que, no mundo, tão amiúde, a influência dos maus sobrepuja a dos bons? R.: Por fraqueza destes. Os maus são intrigantes e audaciosos, os bons são tímidos. Quando estes o quiserem, preponderarão.

O ideal seria que ao lado das notícias de fatos lamentáveis (por exemplo, as suspeitas de corrupção no Governo), fossem divulgados exemplos de probidade e honestidade. Talvez este seja um sonho distante, entretanto, devemos lutar para a divulgação do Bem e do Evangelho de Jesus. Ensina o Espírito Joanna de Angelis [3]: O que pensares com insistência, hoje ou mais tarde se concretizará.

Como ainda estagiarmos num planeta de provas e expiações, a grande maioria dos Espíritos que o habitam desconhecem a lei da reencarnação, que nos ensina que a nossa consciência é a própria juíza de todos os atos por nós praticados. O conhecimento desta lei faz com que todos compreendamos que somos responsáveis por nossos atos, bons ou maus. Quando porventura prejudiquemos nosso próximo, responderemos por estes atos nesta ou em outra encarnação, como escreveu Allan Kardec [4] (...) O homem, pois, nem sempre é punido na sua existência atual, ou é punido completamente; mas não escapa nunca às conseqüências de suas faltas. A prosperidade do mau é apenas momentânea; se ele não expiar hoje, expiará amanhã, ao passo que aquele que sofre está expiando o seu passado.

Portanto, se muitas vezes os corruptos não são punidos pela Lei dos Homens, ou por uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), por outro lado eles não se furtarão de responder perante o “tribunal divino”. Aquele que hoje passa pela prova da pobreza, pode ter sido o usurpador dos bens da sociedade em uma vida anterior.

Chegamos a ouvir um político dizer: “Se você não se aproveitar, outro se aproveitará, as coisas são assim....”. Vale aqui o pensamento do Espírito Joanna de Ângelis, [5]: Os negócios escusos dão rendimentos venenosos. Muitas pessoas justificam-nos e exaltam os lucros deles advindos, informando que são frutos da época e todos devem aproveitar a ocasião. Como a moral está desgovernada, não te deixes conduzir por ela, antes controla os abusos e excessos que te cheguem, a fim de corrigires a situação caótica. O erro nunca deve ser tomado como exemplo. Numa época de epidemia gripal, o estado normal de saúde não passa a ser este, somente porque a maioria das pessoas está infectada. Vacina-te contra os abusos e permanecerás com a vida em ordem, talvez sem os supérfluos, nunca, porém, com a escassez ou falta.

O indivíduo corrupto pensa que a obtenção de recursos por meios escusos estará resolvendo seus problemas de bem-estar e assegurando um futuro feliz, embora estes atos acabem prejudicando primeiramente a própria pessoa.  Bem destacou Joanna de Ângelis, [6]: O uso de recursos desonestos gera problemas mais complexos do que aqueles que se propõe solucionar. A pessoa que desdenha a integridade moral sofre de instabilidade emocional, insegurança, receios contínuos, sob expectativa de ver-se desmascarada. Interiormente experimenta contínua insatisfação, que decorre das ambições desmedidas e que espera atingir de forma irregular.

Chegará um tempo em que o mal praticado exaure as forças da pessoa, causando problemas de difícil solução. Escreveu o Espírito Victor Hugo, [7]: Sucede que ninguém consegue evadir-se de si mesmo. Mascaram-se situações externas da existência, negam-se acontecimentos reais, desviam-se do seu rumo investigações legítimas, acobertam-se as ações nefastas, conquistam-se aplausos na sociedade de consumo, no entanto, é impossível a convivência do indivíduo interior com o exterior, do ser real com a sua personalidade hipócrita. Ocasião surge sempre, na qual despertam os valores internos e a dicotomia entre o que se é o que se apresenta produz uma cisão na personalidade, que abre campo para transtornos depressivos profundos, uns, psicóticos, outros, alucinatórios, os restantes... Não sendo possível a convivência saudável entre o ser espiritual e o mundo exterior no qual transita, a fuga para os conflitos e desvios de conduta torna-se inevitável, gerando atribulações que poderiam ser diluídas antes por meio da harmonização entre o a que se aspira e a forma como se conduz.

Desta forma, lamentamos pelos que usurpam a sociedade através de atos escusos e inidôneos, pois eles não sabem o que fazem. Jesus nunca permitiu-se fazer qualquer tipo de conluio com a sociedade perniciosa de seu tempo, sendo ele nosso Modelo e Guia que devemos seguir.

O  Espiritismo bem compreendido ajudará à sociedade banir, nos próximos anos, esta chaga social chamada corrupção...

 Bibliografia

FRANCO, Divaldo Pereira. Os Diamantes Fatídicos, Victor Hugo. Salvador/BA, Ed LEAL, 1ª. Ed., 2005, p. 257.

KARDEC, Allan. O Livro do Espíritos. Rio de Janeiro/RJ, Ed., FEB, 76ª Ed., 1995, questão 932.       

FRANCO, Divaldo Pereira. Vida Feliz, Joanna de Ângelis. Salvador/BA, Ed. LEAL, 9ª. Ed., 1992, LIII.

KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Rio de Janeiro/RJ,  Ed. FEB, 116ª  Ed., 1996, Cap. V, item 6.

FRANCO, Divaldo Pereira. Vida Feliz, Joanna de Ângelis. Salvador/BA, Ed., LEAL, 9ª. Ed., 1992, CLVII.

FRANCO, Divaldo Pereira. Desperte e Seja Feliz, Joanna de Ângelis. Salvador/BA, Ed LEAL,  7ª. Ed., 2002, Inteireza Moral, 24

FRANCO, Divaldo Pereira. Os Diamantes Fatídicos, Victor Hugo. Salvador/BA, Ed. LEAL,  1ª. Ed., 2005, p. 257.

 Fonte: Revista Presença Espírita, Setembro/Outubro de 2005

 

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